O que é Fobia Escolar 1 –
Fobia escolar, de 2 a 5% das crianças que frequentam a escola são conhecidas por serem infligidas com essa fobia. Por isso, neste artigo quero fazer uma rápida abordagem sobre sua definição, possíveis causas, sintomas os 6 passos para tratar a fobia escolar e o passo mais importante para superá-la.
Quem já não se deparou com esta cena?
“Acorda filho para tomar banho e ir à escola.
Tão logo a criança ouve a palavra escola, começa a ter alguns tremores, e tal como nos dias anteriores, perguntou se podia ficar em casa ou na casa da avó, porque se sentia com dores de barriga;
Não posso ficar só mais um dia em casa?”,
“Tenho que ir pra escola hoje?…”2
O que é fobia escolar?
Fobia Escolar – é medo de ficar sozinha na escola ou o medo de ir à escola. Pode ser definido como um medo irracional e anormal da escola, também conhecido pelo termo técnico didaskaleinofobia.
Muitas vezes, algumas crianças são conhecidas por apresentarem resistência para adentrarem na sala de aula ou irem à escola. No entanto, as crianças que fazem isso nem sempre têm medo da escola – raiva ou tédio são as razões mais comuns por trás de seu comportamento – elas simplesmente têm “coisas melhores para fazer” como se aventurar pelo mundo ou brincar.
No caso da fobia escolar, o simples pensamento de ir à escola pode desencadear um ataque de pânico. A maioria dos psicólogos acreditam que essa fobia geralmente é mais comum em crianças pré-escolares entre 4 e 6 anos. Isto é muitas vezes devido ao fato de que elas estão deixando a segurança de suas casas pela primeira vez. Muitas vezes, o diagnóstico desta fobia é difícil, porque a criança pequena não consegue expressar seus medos com precisão.
Causas da fobia escolar
Geralmente, aceita-se que as fobias resultam de uma combinação de eventos externos, ou seja, eventos traumáticos e predisposições internas – hereditariedade.
Muitas fobias específicas podem ser precedidas de um evento desencadeante específico, geralmente uma experiência traumática em uma idade precoce. Fobias sociais têm causas mais complexas que não são inteiramente conhecidas neste momento. Acredita-se que a hereditariedade, a genética e a química do cérebro se combinem com experiências de vida para desempenhar um papel importante no desenvolvimento de fobias. (Wikipedia – fobia3).
Como afirmado anteriormente, o diagnóstico da fobia escolar geralmente requer uma análise aprofundada, pois, a criança pode não ter medo da escola em si. Em vez disso, é o medo dos valentões, ou andar no ônibus escolar, ou um cachorro assustador encontrado no caminho para a escola, ou um professor que pode estar causando o problema.
Crianças com idades entre 4 e 6 que sofrem de fobia escolar geralmente têm medo da separação. Essas criança com medo de ir à escola, elas temem que não vejam sua mãe novamente depois de serem deixadas na escola, o medo do desconhecido e a saída de casa podem ser uma causa.
Um evento negativo ou traumático (o divórcio dos pais, a morte de um ente, etc.) neste momento também pode reforçar o medo da escola onde a mente recria a resposta fóbica repetidamente como mecanismo de defesa contra novos acontecimentos traumáticos.
Algumas adolescentes também podem sofrer de fobia escolar. Este é o momento em que a exigência escolar tende a aumentar tremendamente, e os alunos muitas vezes têm que lidar com tópicos difíceis em matemática, ciência, etc. Ao mesmo tempo, seus corpos também estão passando por mudanças associadas à adolescência e à puberdade e, naturalmente, pode ser difícil lidar com seus hormônios à flor da pele.
Em geral, o ambiente escolar inseguro (relatórios recentes de crianças que trazem armas e outros objetos violentos para a escola), bullying ou mudança para uma nova escola, são alguns dos fatores que podem desencadear a fobia escolar.
Geralmente as crianças que não apresentam este problema, têm por hábito partilhar com os pais o seu dia na escola e falar sobre os amigos de classe, na fobia escolar, é comum as crianças evitarem falar sobre assuntos relacionados com a escola, e quando falam, evidenciam normalmente sentimentos negativo.
É comum estas crianças se isolarem, até mesmo quando se tratam de atividades de carácter lúdico e ou no recreio, ficam pelos cantos, o que compromete seriamente a sua interação com os colegas.4
Sintomas da Fobia Escolar
A fobia escolar se manifesta sob a forma de vários sintomas físicos e emocionais.
De acordo com a Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescência (AACAP), uma fobia escolar pode incluir os seguintes sintomas:
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Pesadelos
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Ansiedade
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Falta de ar
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Respiração acelerada
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Palpitações
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Suor excessivo
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Náusea
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Boca seca
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Confusão / incapacidade de raciocinar
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Falta de atenção
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Irritabilidade
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Tremedeira
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Sentimentos de impotência
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Obsessão com o assunto da fobia
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Medo ou Sentimentos descontrolados
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Dores de cabeça
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problemas para dormir
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medo de ficar sem seus pais
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apego
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Medos exagerados de monstros ou seres sobrenaturais
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medo do escuro
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uma incapacidade de deixar um dos pais fora de seu campo de visão
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preocupação inexplicada sobre danos que supostamente venha a acontecer aos pais ou a criança
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birras
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uma recusa em frequentar a escola
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dores físicas como dores de barriga ou dores de cabeça
Os sintomas da fobia escolar também podem incluir:
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tremedeiras e tremores inexplicados
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sudorese
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choro excessivo
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uma recusa absoluta de ir à escola
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medos do professor ou dos estudantes
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fraqueza ou sentimento de estar extremamente doente
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Problemas de concentração na escola
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desconexão social
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não ouvir o professor
Crianças mais jovens podem chorar, gritar ou ter um ataque de ansiedade só de pensar em ter que ir à escola. Fingem estar doentes para evitar a escola. Alguns também tendem a chorar a noite toda. Isso pode ser muito frustrante para os pais, pois, muitas vezes eles não sabem como ajudar a criança a aliviar a ansiedade.
A criança pode ter pensamentos constantes sobre morte (especialmente a morte dos entes queridos) enquanto está na escola. Outras fobias também podem ser vistas na criança, incluindo o medo de ficar sozinhas, o medo do escuro, o medo de monstros, fantasmas etc.
Tonturas, palpitações cardíacas, boca seca, transpiração excessiva, falta de ar, náuseas e ataque de pânico são alguns dos outros sintomas da fobia escolar.
Os adolescentes podem não falar sobre a sua fobia, no entanto, eles demonstraram comportamentos de evasão, como encontrar doenças ou desculpas falsas, etc., para evitar ir à escola. A depressão é um sintoma comum da fobia.
A fobia pode afetar toda a família e não apenas o indivíduo que sofre dela.
Superando a fobia escolar
Se seu filho sofre com o medo da escola, tenha a certeza de que é uma condição completamente tratável. Pode ser extremamente frustrante e avassalador ver a criança em dificuldade todos os dias, mas lembre-se de que as crianças mais jovens são mais maleáveis do que adultos, então a terapia é muito provável que seja bem sucedida.
6 passos para tratar a fobia escolar
Há tratamentos e medidas que podem ser tomadas para ajudar a criança que tem medo de ir à escola. O tratamento da fobia escolar deve contar com uma equipe multidisciplinar disposta a ajudar a criança ou o adolescente com o objetivo de ajudá-los a superar seus medos.
Na mente de uma pessoa que sofre de algum tipo de fobia, o medo é tão real quanto qualquer outra coisa em sua vida e precisa ser ajudado para superar essa fobia.
A Aspen Education Group afirma que essa equipe multidisciplinar deve incluir pais, professores, terapeuta familiar, profissionais da escola e um psiquiatra.
1 – Contacte o pediatra da criança
O primeiro passo mais importante, é procurar o médico da criança.
A primeira coisa a se fazer quando a criança apresentar uma reação não natural, um medo excessivo da escola, é entrar em contato com o pediatra da criança.
O pediatra poderá fazer um exame para descartar qualquer doença que a criança esteja passando ou inventando. Diagnosticar o problema corretamente é um passo extremamente importante para tratar crianças com um medo extremo de ir a escola.
2 – Observação
Uma das etapas para tratar uma criança com algum tipo de fobia é observá-la em casa e na escola, esta etapa é importante, pois, a criança demonstrará os sintomas da fobia em ambos os ambientes. Em casa a criança ficará mais apegada a alguém, terá pesadelos e resistência ou dificuldade para deitar-se e dormir.
Observar a criança é fundamental para identificar se ela realmente apresenta uma fobia. Ao observar a criança na escola uma extrema rejeição a classe e ao professor pode ser eliminada ou identificada.
3- Diagnóstico correto
A criança que está sob observação deve ter um diagnóstico correto para não confundir fobia de escola com a simples ansiedade causada pela separação. Uma criança ou adolescente que apresenta um quadro de ansiedade de separação terá os mesmos tipos de sintomas que uma criança com uma fobia escolar.
A principal diferença entre os dois casos é que as crianças que apresentam o quadro de ansiedade pela separação se acalmam depois de estarem na escola por um tempo. Uma vez na sala de aula e longe dos pais por um período de tempo suficientemente longo, seus medos são aliviados, e começarão a agir normalmente.
Já a criança com medo da escola não melhora com o tempo, procuram alguma forma de sair da situação. O quadro de fobia tende a agravar-se e apresentando mais sintomas quando longe dos pais ou na escola.
4- Plano de ação
Uma vez a criança observada e diagnosticada corretamente o próximo passo é trabalhar em conjunto com o professor, terapeuta, funcionários da escola, psiquiatra, o pediatra e a criança para criar um plano de ação.
Este plano deve incluir como primeiro passo a exposição ao ambiente que causa a fobia. Os objetivos de curto e longo prazo devem ser definidos. Cronogramas para atingir as metas devem se incorporados no plano de ação, para facilitar o rastreamento do progresso da criança. A Aspen Education Group5 sugere que essas sessões geralmente incluam métodos de dessensibilização, terapia comportamental cognitiva, terapia de suporte educacional, psicoterapia e, possivelmente, medicação.
5 – Dessensibilização Sistemática – PPCCI6 e Terapia Cognitivo Comportamental – TCC
Um próximo passo para ajudar a criança é confrontar seu medos, isso é geralmente feito com ela frequente a escola por um período de tempo, com ou sem um dos pais. As vezes um dos pais é solicitado para comparecer a escola para aliviar um pouco da ansiedade da criança.
Posteriormente a criança é convidada para participar da aula por um tempo sozinha, sem os pais. Os acometidos desta fobia precisam aprender a tolerar seus medos, da mesma forma, que pessoas com outras fobias.
No ambiente escolar a criança precisa encontrar o apoio emocional de seus pares, professores e demais funcionários da escola.
A dessensibilização ocorre quando o indivíduo é confrontado com seu medo passando um tempo com o objeto de sua fobia. Isso exige que a criança vá para a escola incrementando-se longos períodos de tempo para ajudá-la a superar seus medos.
6 – Tratamento contínuo
O suporte emocional, medicamentos e terapias devem continuar durante o processo de dessensibilização e além dele, pois, o indivíduo acometido pela fobia pode ter uma recaída se não forem tratados depois de aliviados os sintomas.
Alguns especialistas sugerem que a criança frequente a escola regularmente somente um anos após o início do tratamento. Devido a individualidade de cada caso o tratamento deve seguir um período específico de tempo adaptado de acordo com o progresso da criança.
Tratamento
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Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
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Estratégias de relaxamento
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Terapia cognitiva (TC)
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Exposição In vivo
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Prevenção de Resposta (EPR)
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Hipnoterapia
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Terapia de Grupo
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Psicoterapia
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Psicologia da energia (EFT)
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Medicação
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Meditação
A música, a respiração e outras ferramentas de relaxamento são conhecidos por serem de grande ajuda (especialmente em adolescentes) quando enfrentam o medo da escola.
É vital que você, como pai ou mãe, apoie a criança durante esse período. É importante descobrir por que a criança tem medo da escola, é necessário conversar com a professora ou a supervisora da escola quanto à fobia.
Os medicamentos fornecem alívio muito necessário da ansiedade sofrida pela criança, no entanto, estes devem ser tomados apenas sob a orientação de especialistas e apenas em casos muito graves. Além disso, é essencial notar que as drogas não superam a fobia, em vez disso, elas apenas reduzem os sintomas.
O tratamento por medo de ir à escola não se resolve apenas com uma única visita ao médico ou simplesmente prescrevendo medicamentos. Todos devem ter em mente que o tratamento pode durar meses ou talvez anos.
Em alguns casos esta fobia pode estar relacionado a alguma dificuldade de leitura.
Atenção!
Não sou especialista no assunto, o texto visa lançar um pouco de luz sobre o assunto, recolhi estas informações de alguns artigos no objetivo de tentar agrupar o maior número de informações sobre o assunto em um só lugar.
Caso tenha alguma suspeita que sua criança esteja sendo acometida por esta fobia procure um terapeuta.
1 “FOBIA ESCOLAR – ResearchGate.” 23 nov. 2017, https://www.researchgate.net/publication/265070048_FOBIA_ESCOLAR. Acessado em 22 dez. 2017.
2 “Fobia escolar: quando a escola é o inimigo – Oficina de Psicologia.” 15 jun. 2015, https://oficinadepsicologia.com/fobia-escolar/. Acessado em 22 dez. 2017.
3 “Fobia – Wikipédia, a enciclopédia livre.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Fobia. Acessado em 22 dez. 2017.
4 “Fobia escolar: quando a escola é o inimigo – Oficina de Psicologia.” 15 jun. 2015, https://oficinadepsicologia.com/fobia-escolar/. Acessado em 28 dez. 2017.
5 “On the Outside Looking In: School-Phobic Students Incapable of ….” http://aspeneducation.crchealth.com/article-school-phobias/. Acessado em 22 dez. 2017.
6 “Dessensibilização Sistemática: definição e aplicação – Portal ….” 13 mar. 2012, https://www.comportese.com/2012/03/dessensibilizacao-sistematica-definicao-e-aplicacao. Acessado em 22 dez. 2017.
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